sexta-feira, 27 de maio de 2011

Museu de Joalharia Contemporânea – Alberto Gordillo


O Museu de Joalharia Contemporânea – Alberto Gordillo, insere-se numa estratégia de desenvolvimento para o concelho de Moura que pressupõe a execução de diversos projectos de requalificação urbana, tendo em vista catalisar esforços para, que de uma forma integrada, contribua para ultrapassar a salvaguarda da imagem urbana, a reabilitação do tecido urbano, a melhoria das condições de habitabilidade, das infra-estruturas e do acesso a serviços e equipamentos sócio-culturais, que genericamente terão tradução em termos da qualidade de vida da população.

A criação deste Centro revela um carácter inovador e uma pertinência cultural que se expressa na natureza única de uma colecção de joalharia contemporânea. Não existe ainda em todo o panorama português um centro de joalharia contemporânea. A sua abertura irá atrair um tipo de visitante interessado pelo turismo cultural que irá certamente vivificará esta cidade do interior alentejano, assim como todo o território limítrofe.

Convém, também, referir que o Centro se reveste de grande importância no quadro do desenvolvimento local e regional, na medida em que a dinamização cultural, necessária ao desenvolvimento de localidades como Moura, faz deste projecto uma alavanca para o desenvolvimento do turismo cultural nesta localidade, e promoverá a dinamização da cidade nos mais variados domínios, designadamente, patrimonial, paisagístico e gastronómico.


Objectivos do projecto
Objectivos gerais:
 - Valorizar os recursos, as potencialidades e os factores de diferenciação, como um motor de desenvolvimento e de emprego;
- Reforçar a capacidade de atracção turística e dinamizar as actividades económicas locais, através da valorização do património cultural. 


Objectivos específicos:
- Fomentar o turismo cultural, através da criação de um equipamento diferenciado;
- Promover a diversificação da oferta de produtos turísticos, para aumentar o número de turistas e dinamizar o turismo interno (fins-de-semana, feriados, pontes);
- Valorizar o património histórico e cultural, promovendo o acesso aos bens culturais;
- Fixação da população residente e melhoria do bem-estar e condições de vida, para evitar o despovoamento.


Caracterização da população-alvo:
- População residente no concelho de Moura;
- Comunidade educativa;
- População residente nos concelhos limítrofes;
- Visitantes nacionais e estrangeiros.


Localização
O edifício onde está instalado o Museu situa-se na Rua da Vista Alegre, data do final do século XIX e serviu primitivamente de fábrica de sais minerais e posteriormente de quartel de bombeiros, arquivo e serviços de aferição da Câmara Municipal de Moura.

O edifício foi restaurado e requalificado pela Câmara Municipal com a finalidade de nele instalar um museu de joalharia moderna, mediante a doação por Alberto Gordilho de um vasto conjunto de peças de joalharia e ainda algumas esculturas.

O edifício é constituído por três pisos e terraço:
No 1.º piso situa-se a recepção, a área de acesso ao público e a sala de exposições.
No 2.º piso a unidade museológica contempla uma sala de trabalho para promoção do ensino da arte de joalharia e uma sala polivalente para workshops, encontros, conferências e entrega de prémios.
O 3.º piso comporta um espaço para arrumos e o terraço.


Descrição sumária da colecção de Alberto Gordillo
A colecção que integra o museu de joalharia contemporânea resulta de trabalhos que Alberto Gordillo reuniu desde os finais dos anos 50. A obra de Alberto Gordillo, joalheiro e escultor, destacou-se desde cedo, aos 12 anos iniciou a sua actividade com um tio residente em Lisboa.

Os materiais e as características extravagantes que imprimia às suas obras, fizeram dele o pioneiro da joalharia moderna portuguesa. De entre as muitas e notáveis peças que produziu, destaca-se o “Colar-Teia” elaborado com recurso a 300 gramas de platina e 150 brilhantes de talhe diverso, exibido na Bolsa de Diamantes de Londres e exposto no Museu Nacional do Traje, em Lisboa.

A ligação de Alberto Gordillo a Moura, de onde é natural, fez nascer o desejo de doar a colecção de peças de que é detentor à Câmara Municipal de Moura para que fosse criado um museu onde as mesmas pudessem ser exibidas.

Do conjunto das 226 peças cedidas para a exposição, algumas remontam ao inicio da carreira do artista, nos finais dos anos 50, e as restantes resultam de um trabalho contínuo e profícuo desenvolvido pelo autor ao longo dos anos, até aos dias de hoje.

São peças originais e reflexo da joalharia contemporânea, onde abundam materiasi tão variados como a prata e as pedras semipreciosas (a ágata, lápis-lazulli, ametista, quartzo, jaspe, malaquite), mas também o acrílico, componentes eléctricos e madrepérola.




COLAR GOLA

Latão, malaquite e parafusos. Execução manual - Fim dos anos 50

COLAR DE LATÃO

Latão, mármore em bruto e parafusos. Execução Manual - Fim dos anos 50

COLAR

Latão e fio preto. Execução a fogo - Princípios dos anos 60

COLAR

Prata, madrepérola e ágata. Fundição de Ceras perdidas - Anos 60

COLARES

                                              1                                       2

1 - Prata e jaspe oceânico. Execução manual - Anos 70
2 - Prata e kianite. Execução manual - Anos 70

PREGADEIRA

Prata e quartzo rotilado. Execução a fogo e manual - Anos 70

ANÉIS


1 - Prata e pedra semi‑preciosa. Execução manual - Anos 70
2 - Anel em Prata. Fundição de ceras perdidas - Anos 70
3 - Prata e pedra semi‑preciosa. Execução manual - Anos 70
4 - Anel em Prata. Fundição de ceras perdidas - Anos 70

COLAR TEIA

300 gr platina e 150 brilhantes
Idealizado e executado por Alberto Gordillo - 1973

COLAR

Prata e ágata. Execução a fogo - Anos 80

PREGADEIRAS

Prata e malaquite. Fundição de ceras perdidas - Anos 80

COLAR

Vidro acrílico, cobre e seda. Construído manualmente - Anos 80

COLAR

Vidro acrílico e fio preto. Construído mecanicamente - Anos 80

COLAR

Prata e quartzo de ametista. Execução a fogo - Anos 90

ALFINETES

 
Prata e pedra semi‑preciosa. Fundição de ceras perdidas - Anos 90

Colares

                                            1                                        2

1 - Prata, quartzo de ametista e ónix. Fundição de ceras perdidas e execução a fogo - 2000
2 - Prata e kianite. Fundição de Ceras perdidas e execução a fogo 2000

Escultura em Bronze - Fundição de Ceras perdidas

Colecção Jardim Imaginário - 2002